-Tá, agente morreu dessa vez? – Salsicha estava de olhos
fechados. Não queria ver o que estava acontecendo.
-Eu não estou acreditando! Isso... Isso é impossível! –
Velma foi a primeira do grupo a abrir os olhos. – Gente! Olhem em volta!
-O que foi Velma?! Você está me assus-... – Daphne parou de
falar quando abriu seus olhos, ficou chocada com o que está vendo. Logo os
outros três abriram os olhos e ficaram pasmos com a cena.
A turma foi presa em uma espécie de cúpula de energia. Eles
ainda estavam presentes na hora em que os soldados estavam atirando, mas o
tempo à sua volta, estava totalmente congelado.
-O-olha isso gente! – Salsicha
foi se aproximou da cúpula, e pôs sua mão, em curiosidade. – Isso aqui parece
uma geleia!
-Salsicha cuidado! Você não sabe
do que isso é feito! – Velma rapidamente puxou a mão dele, e tentou deduzir o
que era aquilo.
-Então, descobriu o que é isso? –
Daphne pôs a mão em seu ombro.
-Sinceramente, não tenho ideia do
que é isso. – Ela ajeitou seus óculos.
“Todos vocês estão bem? Por sorte
consegui chegar a tempo.” –
Uma voz masculina grave apareceu do nada, deixando todos os membros confusos e
assustados.
-Ah o que foi isso?! F-foi um
f-fantasma? – Salsicha começou a ficar desesperado, novamente, e se abraçou à Scooby.
“Sim e não. É melhor explicar
depois, agora vou levá-los para um lugar mais seguro.” – O dono da voz
parou de falar. Novamente a turma tentou olhar para todos os lados tentando
achá-lo, mas ele não estava ali.
Breves segundos depois, a cúpula
“transportou” para outro local, junto com a turma. Os soldados franceses apenas
viram o nada, ficaram assustados e foram embora, correndo. Assim que eles
chegaram, ela se foi, deixando a turma confusa, ainda não sabia se eles ainda
estavam naquela época. A cena era de grandes montes verdejantes, largos campos,
e uma floresta ao horizonte. Os jovens novamente estavam sem saber o que fazer.
Ficaram andando em volta no pequeno monte em que estavam procurando por algo
incomum.
-Isso não se parece com Vila
Legal. – Velma argumentou olhando em volta.
“Porque vocês ainda estão na
França...” – A voz de minutos atrás novamente apareceu. Os membros
tentaram procurá-lo, até Scooby tentou farejá-lo, mas todos sem sucesso.
“Estou aqui.” – A turma
ficou pasma vendo aquela cena. Um homem, acima deles vestindo uma camisa de
manga longa branca, e uma calça preta. Cabelos castanhos, até o ombro, e sem
barba. Além de estar flutuando acima deles.
-Q-quem é você?! Salsicha apontou
para o estranho, ele mal conseguia falar.
-O que veio fazer aqui? Por que
estamos aqui? – Daphne tentou se aproximar.
“Meu nome é Tomas. Serei
direto...” – Ele pousou próximo à eles.
“Eu vim, porque preciso da ajuda
de vocês.” Quanto mais ele chegava perto, a turma se afastava um pouco.
-Foi você que nos trouxe até
aqui? – Velma tomou a palavra.
“Sim, na verdade, salvei vocês do
Presságio.”
-Presságio? Daphne ficou confusa,
pra variar.
-Seria aquela coisa que nós vimos
antes de vim parar aqui? – Fred comentou.
“Exatamente.”
-Mas por que nos trouxe para cá?
– Velma novamente tomou a palavra.
“Eu vim do futuro, sou um
sobrevivente do Presságio.”
-Futuro? – Velma indagou curiosa
com suas palavras.
“Sim.”
-Melhor você explicar isso
melhor... – Fred ficou desconfiado.
“Eu já ia chegar nessa parte.
Presságio é um espectro temporal, vindo de uma era a qual ainda não descobri...
Ele veio para destruir o próprio tempo, e refazê-lo como queira. Por isso
chamei vocês.”
-Espera, se esse tal de Presságio
é um ser tão forte e tão maligno, então por que nos chamou? Nós somos apenas detetives, resolvemos
mistérios, não derrotamos espectros temporais! – Daphne aumentou sua voz, mas
porque estava preocupada.
-Daphne está certa, existem
milhares de pessoas no mundo que podem cuidar disso. – Fred pôs a mão no ombro
direito de Daphne, e aproximou-se de Tomas.
“Eu não tinha escolha, vocês são
as únicas pessoas que eu conheço que podem fazer isso. Não conhecia pessoas
mais capazes.”
-Nós? Capazes? Só pode estar
brincando! – Salsicha aumentou sua voz, fazendo com que todos prestassem
atenção nele.
“Vão desistir então?”
-Perdão, isso é uma tarefa
impossível para nós. – Fred demonstrou que estava triste. Ele queria ajudar.
-Agora, será que poderia nos
levar de volta para casa? – Daphne tentou dizer num tom que não fosse rígido.
“Creio que isso não será
possível.”
-O quê?! – Todos ficaram assustados.
-Como assim não será possível?! –
De uma hora pra outra, o humor de Daphne mudou.
“Sou incapaz de levar vocês até
sua era, pois o tempo já foi alterado. Esqueceram de que quase foram mortos
pelo Presságio?”
-Ele tem razão. – Fred olhou para
a turma. A expressão no rosto não era boa. – Tomas, pode nos dar um tempo para
pensar.
“Vá em frente, mas não acho que
vocês têm muitas escolhas.”
Fred então levou os membros para
um lugar alguns metros distantes de onde estava Tomas
-O que vamos fazer? Não me diga
que você... –Antes que Daphne terminasse falar, Fred a interrompeu.
-Eu não sei! Me deixe pensar! –
Ele falou de um modo tão rígido, que fez Daphne recuar.
-Então pense grande líder! –
Daphne respondeu grosseiramente, e se afastou dele.
-Fred, não temos escolha. – Velma
não estava confiante.
-Salsicha, Scooby, e o que vocês
dizem? –Fred olhou para os dois que estavam um pouco distantes.
-A gente não tem pra onde ir
mesmo. Não é Scooby? – Salsicha deu uma leve risada.
-Não vai ter biscoitos Scooby? –
O cachorro não estava animado.
-Desculpa amigão, mas dessa vez
não, infelizmente. –Salsicha estava quase chorando pela falta dos biscoitos.
-Daphne e você, está dentro? –
Fred preferiu não se aproximar da jovem. Falou apenas de onde estava.
Mas ela não respondeu. Ficou
apenas de costas com os braços cruzados.
-Daphne, por favor! – O loiro
tentou mais uma vez.
-Já se acalmou é? – Daphne
voltou-se para ele.
-Será que você pode cooperar?
–Fred estava começando a ficar nervoso.
-Não ia adiantar se eu dissesse
que não, então sim, estou dentro. Daphne comentou num tom irônico.
-Obrigado! – Fred agradeceu,
também num tom irônico.
-Mas não pense que eu vou
esquecer o que você fez.
Então, a turma voltou para o
lugar onde estava Tomas.
-Muito bem. Vamos dizer que
aceitamos seu convite. O que aconteceria depois? –Fred tomou a palavra.
“Primeiro, vou-lhes contar algo
importante que precisam saber...”
“O objetivo de vocês é reunir os
quatro cristais.”
-Cristais? – Daphne, assim como
os outros ficaram curiosos.
“Sim. Eles foram espalhados em
quatro eras: Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, e Idade Contemporânea.
Eles serão necessários para derrotar o Presságio.
-Entendo. – Velma comentou. – Nós
estamos na Idade Moderna, certo?
“Positivo.”
-Então a única coisa que devemos
fazer é achar o cristal dessa era. –Velma esperava uma expressão contente de
Tomas, mas viu exatamente o contrário.
“Infelizmente não é tão fácil
quanto parece. O rastreador não achou traços do cristal por aqui. O primeiro
cristal a ser encontrado está na...” Tomas
não conseguiu terminar de falar, começou a olhar para todos os lados
desesperado.
-O que foi homem?! –Salsicha
começou a ficar assustado com as atitudes de Tomas.
“E-ele está vindo! Eu tenho que
tirar vocês daqui!”
-Mas você ainda não terminou de
nos contar o que houve! Além do mais não há nada aqui! –Velma e os outros
membros não sentiram, nem avistaram algo incomum. Mas Tomas sentia algo
perturbador.
Tomas então estendeu suas mãos
para frente da turma, e abriu uma espécie de portal, e uma forte ventania
começou a surgir.
-Pra onde você vai nos levar?!
–Fred tinha que gritar para Tomas ouvir sua voz.
“Não há tempo!” A turma
estava quase sendo sugada por completo. “Tomem o rastreador!” Então a turma
foi levada até outra era.
Continua...