quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Viagem ao Presságio- PARTE 3


-Tá, agente morreu dessa vez? – Salsicha estava de olhos fechados. Não queria ver o que estava acontecendo.
-Eu não estou acreditando! Isso... Isso é impossível! – Velma foi a primeira do grupo a abrir os olhos. – Gente! Olhem em volta!
-O que foi Velma?! Você está me assus-... – Daphne parou de falar quando abriu seus olhos, ficou chocada com o que está vendo. Logo os outros três abriram os olhos e ficaram pasmos com a cena.
A turma foi presa em uma espécie de cúpula de energia. Eles ainda estavam presentes na hora em que os soldados estavam atirando, mas o tempo à sua volta, estava totalmente congelado.
-O-olha isso gente! – Salsicha foi se aproximou da cúpula, e pôs sua mão, em curiosidade. – Isso aqui parece uma geleia!
-Salsicha cuidado! Você não sabe do que isso é feito! – Velma rapidamente puxou a mão dele, e tentou deduzir o que era aquilo.
-Então, descobriu o que é isso? – Daphne pôs a mão em seu ombro.
-Sinceramente, não tenho ideia do que é isso. – Ela ajeitou seus óculos.
Todos vocês estão bem? Por sorte consegui chegar a tempo.” – Uma voz masculina grave apareceu do nada, deixando todos os membros confusos e assustados.
-Ah o que foi isso?! F-foi um f-fantasma? – Salsicha começou a ficar desesperado, novamente, e se abraçou à Scooby.
“Sim e não. É melhor explicar depois, agora vou levá-los para um lugar mais seguro.” – O dono da voz parou de falar. Novamente a turma tentou olhar para todos os lados tentando achá-lo, mas ele não estava ali.
Breves segundos depois, a cúpula “transportou” para outro local, junto com a turma. Os soldados franceses apenas viram o nada, ficaram assustados e foram embora, correndo. Assim que eles chegaram, ela se foi, deixando a turma confusa, ainda não sabia se eles ainda estavam naquela época. A cena era de grandes montes verdejantes, largos campos, e uma floresta ao horizonte. Os jovens novamente estavam sem saber o que fazer. Ficaram andando em volta no pequeno monte em que estavam procurando por algo incomum.
-Isso não se parece com Vila Legal. – Velma argumentou olhando em volta.
“Porque vocês ainda estão na França...” – A voz de minutos atrás novamente apareceu. Os membros tentaram procurá-lo, até Scooby tentou farejá-lo, mas todos sem sucesso.
Estou aqui.” – A turma ficou pasma vendo aquela cena. Um homem, acima deles vestindo uma camisa de manga longa branca, e uma calça preta. Cabelos castanhos, até o ombro, e sem barba. Além de estar flutuando acima deles.
-Q-quem é você?! Salsicha apontou para o estranho, ele mal conseguia falar.
-O que veio fazer aqui? Por que estamos aqui? – Daphne tentou se aproximar.
“Meu nome é Tomas. Serei direto...” – Ele pousou próximo à eles.
“Eu vim, porque preciso da ajuda de vocês.” Quanto mais ele chegava perto, a turma se afastava um pouco.
-Foi você que nos trouxe até aqui? – Velma tomou a palavra.
“Sim, na verdade, salvei vocês do Presságio.”
-Presságio? Daphne ficou confusa, pra variar.
-Seria aquela coisa que nós vimos antes de vim parar aqui? – Fred comentou.
“Exatamente.”
-Mas por que nos trouxe para cá? – Velma novamente tomou a palavra.
“Eu vim do futuro, sou um sobrevivente do Presságio.”
-Futuro? – Velma indagou curiosa com suas palavras.
 “Sim.”
-Melhor você explicar isso melhor... – Fred ficou desconfiado.
“Eu já ia chegar nessa parte. Presságio é um espectro temporal, vindo de uma era a qual ainda não descobri... Ele veio para destruir o próprio tempo, e refazê-lo como queira. Por isso chamei vocês.”
-Espera, se esse tal de Presságio é um ser tão forte e tão maligno, então por que nos chamou?  Nós somos apenas detetives, resolvemos mistérios, não derrotamos espectros temporais! – Daphne aumentou sua voz, mas porque estava preocupada.
-Daphne está certa, existem milhares de pessoas no mundo que podem cuidar disso. – Fred pôs a mão no ombro direito de Daphne, e aproximou-se de Tomas.
“Eu não tinha escolha, vocês são as únicas pessoas que eu conheço que podem fazer isso. Não conhecia pessoas mais capazes.”
-Nós? Capazes? Só pode estar brincando! – Salsicha aumentou sua voz, fazendo com que todos prestassem atenção nele.
“Vão desistir então?”  
-Perdão, isso é uma tarefa impossível para nós. – Fred demonstrou que estava triste. Ele queria ajudar.
-Agora, será que poderia nos levar de volta para casa? – Daphne tentou dizer num tom que não fosse rígido.
“Creio que isso não será possível.”
-O quê?! – Todos ficaram assustados.
-Como assim não será possível?! – De uma hora pra outra, o humor de Daphne mudou.
“Sou incapaz de levar vocês até sua era, pois o tempo já foi alterado. Esqueceram de que quase foram mortos pelo Presságio?”
-Ele tem razão. – Fred olhou para a turma. A expressão no rosto não era boa. – Tomas, pode nos dar um tempo para pensar.
“Vá em frente, mas não acho que vocês têm muitas escolhas.”
Fred então levou os membros para um lugar alguns metros distantes de onde estava Tomas
-O que vamos fazer? Não me diga que você... –Antes que Daphne terminasse falar, Fred a interrompeu.
-Eu não sei! Me deixe pensar! – Ele falou de um modo tão rígido, que fez Daphne recuar.
-Então pense grande líder! – Daphne respondeu grosseiramente, e se afastou dele.
-Fred, não temos escolha. – Velma não estava confiante.
-Salsicha, Scooby, e o que vocês dizem? –Fred olhou para os dois que estavam um pouco distantes.
-A gente não tem pra onde ir mesmo. Não é Scooby? – Salsicha deu uma leve risada.
-Não vai ter biscoitos Scooby? – O cachorro não estava animado.
-Desculpa amigão, mas dessa vez não, infelizmente. –Salsicha estava quase chorando pela falta dos biscoitos.
-Daphne e você, está dentro? – Fred preferiu não se aproximar da jovem. Falou apenas de onde estava.
Mas ela não respondeu. Ficou apenas de costas com os braços cruzados.
-Daphne, por favor! – O loiro tentou mais uma vez.
-Já se acalmou é? – Daphne voltou-se para ele.
-Será que você pode cooperar? –Fred estava começando a ficar nervoso.
-Não ia adiantar se eu dissesse que não, então sim, estou dentro. Daphne comentou num tom irônico.
-Obrigado! – Fred agradeceu, também num tom irônico.
-Mas não pense que eu vou esquecer o que você fez.
Então, a turma voltou para o lugar onde estava Tomas.
-Muito bem. Vamos dizer que aceitamos seu convite. O que aconteceria depois? –Fred tomou a palavra.
“Primeiro, vou-lhes contar algo importante que precisam saber...”
“O objetivo de vocês é reunir os quatro cristais.”
-Cristais? – Daphne, assim como os outros ficaram curiosos.
“Sim. Eles foram espalhados em quatro eras: Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, e Idade Contemporânea. Eles serão necessários para derrotar o Presságio.
-Entendo. – Velma comentou. – Nós estamos na Idade Moderna, certo?
“Positivo.”
-Então a única coisa que devemos fazer é achar o cristal dessa era. –Velma esperava uma expressão contente de Tomas, mas viu exatamente o contrário.
“Infelizmente não é tão fácil quanto parece. O rastreador não achou traços do cristal por aqui. O primeiro cristal a ser encontrado está na...”  Tomas não conseguiu terminar de falar, começou a olhar para todos os lados desesperado.
-O que foi homem?! –Salsicha começou a ficar assustado com as atitudes de Tomas.
“E-ele está vindo! Eu tenho que tirar vocês daqui!”
-Mas você ainda não terminou de nos contar o que houve! Além do mais não há nada aqui! –Velma e os outros membros não sentiram, nem avistaram algo incomum. Mas Tomas sentia algo perturbador.
Tomas então estendeu suas mãos para frente da turma, e abriu uma espécie de portal, e uma forte ventania começou a surgir.
-Pra onde você vai nos levar?! –Fred tinha que gritar para Tomas ouvir sua voz.
“Não há tempo!” A turma estava quase sendo sugada por completo. “Tomem o rastreador!” Então a turma foi levada até outra era.
Continua...